quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Brooklyn

"Brooklyn", de John Crowley (2015) Baseado em um livro escrito por Colm Tóibín, foi adaptado para o cinema por Nick Hornby , renomado roteirista que escreveu "Alta fidelidade", "Educação", "Apenas um garoto"e "Livre". O filme em si lembra bastante as produções de James Ivory, cineasta inglês que imperou no cinema romântico dos anos 80 e 90: é dele "Uma janela para o amor", "Vestígios do dia" e "Maurice", entre outros. São filmes que primam pelo visual estonteante, locações, o melhor do elenco inglês, histórias de amor conflitantes e muito glamour e sofisticação. Em "Brooklyn" não é diferente. O elenco encabeçado pela americana Saoirse Ronan, que é filha de irlandeses, é muito talentoso e impecável. Ela interpreta Ellis, uma jovem irlandesa que mora com sua mãe e sua irmã mais velha, Rose. Ellis trabalha em uma pequena venda e é maltratada pela dona. Rose instiga Ellis a viajar para os Estados Unidos para tentar uma vida mais decente, e ela acaba indo sozinha, sendo recebida por um Pare irlandês amigo da família. Tímida e assustada, Ellis sofre de cara, mas quando conhece John (Emory Cohen), um descendente de italianos, ela se apaixona e se solta, e logo vai se adaptando ao modo de viver americano. Mas uma tragédia faz com que ela volte para a Irlanda, e seu coração se vê dividido entre os 2 países. O tema do filme é extremamente atual: imigrantes que vão morar em outro Pais e que sofrem de saudades do lar, ficando divididos entre a Pátria que nasceu ou a Pátria que os acolheu. O que me fascinou bastante é ver a transformação de Saoirse Ronan me uma linda mulher. Ela que fez tantos filmes como criança e adolescente, agora aflorou e está deslumbrante. O fotógrafo Yves Bélanger, dos cults "Clube de compras Dallas", "Laurence Anyways" e "Livre", transforma cada fotograma do filme em pinturas. O filme é belíssimo, tecnicamente impecável em todos os setores. Trilha emocionante, direção de arte, figurino, maquiagem. No fundo no fundo, o roteiro é um grande novelão, mas dos bons, daqueles de ficar torcendo pelos personagens. Um grande trunfo visual, que diferente do recente "Era uma vez em Nova York", com Marion Cotillard, aposta no coracão. Prepara-se para as lágrimas. Nota: 8

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