sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Everest

"Everest", de Baltasar Kormákur (2015) O cineasta islandês Baltasar Kormákur adora filmes baseados em histórias reais sobre personagens que viveram situações limite. Em "O Sobrevivente", de 2012, ele cria um tenso drama sobre um pescador islandês que sobrevive a um naufrágio e consegue sobreviver nas águas congeladas da Islândia. Em 'Everest", ele vai mais além: recria com detalhes o acidente que aconteceu no Everest, a montanha mais alta do mundo, em 1998, quando 4 pessoas morreram ao descer o pico. O filme faz uma crítica a grupos de expedição de esportes radicais que cobram uma fortuna de milionários para realizarem seus sonhos de atingir um risco máximo para as suas vidas. Em determinado momento do filme, um dos organizadores do evento da escalada pergunta aos participantes: "Porquê você quer escalar o Everest?"( considerando que entre 4 alpinistas, 1 morre). As respostas são as mais variadas possíveis, e nenhuma delas de fato consegue responder com um argumento mais contundente. Rob ( Jason Clarke) é o chefe do Grupo de uma das expedições. Ele é casado com Jan (Keira Knightley), que está grávida. Entre os milionários, está Beck ( Josh Brolin), americano casado com Peach ( Robin Wright) e em crise na relação, Doug ( John Hawkes), que precisa provar aos filhos de que é capaz de fazer algo na vida que o faça superar as expectativas, Guy ( Sam Worthington). Scott ( Jake Gyllenhaal) é líder de um grupo rival, e Helen ( Emily Watson) é a contato de base de Rob. O filme traz de volta um gênero de filme comum nos anos 70: os filmes catástrofe, onde se escalava pencas de atores famosos para fazerem pequenas cenas ao longo de um filme que dura quase 3 horas, e pior: o que todo mundo quer ver, a adrenalina, so acontece no terço final. E esse é o principal problema do filme: ele nunca engata, Para quem quer ver drama, vai se lambuzar de tanta chorumela melodramática envolvendo relações familiares. Para quem quer ação, vai faltar motivo: as cenas de efeitos não empolgam. O ritmo não é dinâmino e tudo é muito chato. Uma pena, contando o elenco mega star, com vários deles muito mal aproveitados. Em 2012, foi lançado um documentário chamado "O cume", onde através de histórias reais e imagens de arquivo, acompanhamos a tragédia de 11 alpinistas de várias nacionalidades que morreram ao escalar a 2a maior montanha do mundo. Esse dá de dez no filme de Baltasar Kormákur , que abriu o Festival de Veneza 2015 e foi recebido friamente por todos. Nota: 5

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