domingo, 9 de agosto de 2015

Um convidado bem trapalhão

"The party", de Blake Edwards (1968) Definitivamente, esse é o Pai de todas as comédias. Blake Edwards é um dos maiores Cineastas americanas que se especializou na comédia romântica de situação. Seus filmes primam pela elegância, sofisticação e uma direção inteligente que valoriza o trabalho do Ator, pleno na performance e com o trabalho corporal bem articulado. Normalmente acompanhado do seu parceiro musical Henry Mancini, aqui responsável pela trilha sonora antológica e pela bela música de bossa nova "Nothing to loose". Mas 100% do filme se deve ao talento excepcional de Peter Sellers. Ele está absolutamente genial no papel do figurante indiano Hrundi V. Bakshi, Após ser demitido de uma filmagem onde ele simplesmente destrói tudo, Bakshi sem querer é convidado para a Festa do Produtor do filme. Chegando lá, ele anarquiza tudo, mas antes da destruição total ele conquista o coração da aspirante a atriz Michele Monet, peguete do Diretor do filme que Bakshi destruiu. O filme é uma grande alegria sobre a Anarquia e sobre a união dos povos. Regado à Lsd e outros ácidos, os personagens se permitem misturar com negros, indianos, russos, hippies e animais, tudo em uma salada mista que faz uma crítica sobre o momento político e social dos anos 80: guerra fria, rockn roll, movimento hippie, defesa dos animais, movimento negro. Aqui na festa, todos confraternizam em grande harmonia. Seria uma enorme injustiça não creditar gags hilárias ao ator Steve Franken, que interpreta o difícil papel do garçon bêbado. Parabéns também à incrível atriz francesa Claudine Longet, no papel da delicada e linda Michele. A antológica cena dela cantando a bossa nova me lembra Audrey Hepburn em "Bonequinha de luxo"c antando "Moonriver" na janela. Obra-prima obrigatória. Nota: 10

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