segunda-feira, 3 de agosto de 2015

The search

"The search", de Michel Hazanavicious (2015) Refilmagem livre do clássico de Fred Zinnemann, "Perdidos na tormenta", com Montgomery Clift no papel de um soldado na 2a Guerra que ajuda um menino Tcheko a encontrar sua mãe, "The search" foi exibido em Cannes 2015 e saiu de lá sob vaias. O Diretor Michel Hazanavicious somente conseguir o dinheiro para bancar essa super-produção após o Oscar de melhor filme por "O artista". O filme ambientado em 1999, no calor do conflito entre Russia e a Chechênia, mostra a história do pequeno Hadji, um menino de 9 anos que tem seus pais assassinados por soldados russos. Ele foge com seu irmão pequeno, e acaba sendo acolhido por uma assistente social ( Berenice Bejo), Carole, que trabalha em uma Ong. O que ele não sabe é que sua irmã, a quem ele achava ter sido assassinada, está viva e procura desesperadamente encontrá-lo. Paralelo, temos a história do jovem russo Kolia, que é enviado para o combate após ser flagrado nas ruas da Russia fumando maconha. O filme, de quase 2:30 de duração, conta 3 histórias distintas, e que de alguma forma, se mesclam. Porém, essas histórias poderiam ter rendido 3 filmes. O filme fica longo, e no mar de tantos personagens, o que fica é um drama entediante que quer ingenuamente discutir uma mensagem contra a guerra, totalmente pacifista. A mensagem final? Que os jovens são corrompidos no exército e se transformam em máquinas de guerra, cruéis, impiedosos. Esse esmo discurso já foi feito por Stanley Kubrick em "Nascidos para matar", a quem Hazanavicious até homenageia, com um plano sequência semelhante onde atiradores escondidos saem atirado em soldados. Claro, também temos as sessões de tortura que oficiais inflingem contra os soldados. Melodramático e óbvio, ( o que realmente surpreende é a cena final, inesperada, que justifica essa terceira história do jovem russo), o filme tem um bom elenco, mas quem realmente surpreende são Maksim Emelyanov, jovem ator russo que fez o filme "Siberia meu amor" e aqui bota pra quebrar no papel de Kolia, e o menino Abdul Khalim Mamutsiev, que comove e encanta em todas as suas cenas, no papel de Hadji. Que menino expressivo, com seus grandes olhos assustados. Tivesse mais foco no roteiro, Hazanavicious teria se poupado das vaias que levou em Cannes. Mas pelo visto, o ego subiu-lhe a cabeça. A destacar a excelente fotografia e a direção de arte, impressionante na reconstituição dos ambientes de guerra. Nota: 6

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