quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Attila Marcel

"Attila Marcel", de Sylvain Chomet (2013) Desaconselhável para cinéfilos que têm ojeriza a filmes fofos e fabulescos, o que não é o meu caso. Sucessor direto de filmes na tradição de "Amelie Poulain", "Attila Marcel"( que têm no título um nome próprio duplo, assim como Amelie) narra uma fábula em tons de conto de fada. Paul, um jovem pianista, teve um trauma de infância quando tinha 2 anos de idade: presenciou a morte de seus pais. Desde então, ele não falou mais. criado por duas tias solteironas, no melhor estilo das madrastas malvadas de "Cinderela", ele conhece uma vizinha, Sra Proust, que apresenta a ele chás que o fazem abrir a mente da percepção. Graças ao alucinógeno, ele relembra fatos de seu passado, e assim recriar o momento da morte de seus pais. O cineasta Sylvain Chomet é conhecido pelas suas animações encantadoras: "Biciletas de Beleville" e "O mágico", 2 clássicos do cinema melancólico. Dirigiu também um episódio de "Paris, eu te amo". Mas aqui, ele faz sua incrusão ao longa com atores, porém, usando todo o seu estilo já famoso adotado em suas animações: musical, comédia, humor negro, e muita, mas muita melancolia, associada à depressão. seus personagens são assim, a um passo do suicídio. E eles precisam aprender a conviver com seus medos, para poder seguir em frente. Colorido, recheado de movimentos de câmera criativos, e com uma direção de arte e fotografia exuberantes, o filme conquista os espectadores de coração aberto. A cena inicial, uma paródia ao começo de "Embalos de sábado à noite" com John Travolta, é um verdadeiro primor. A cena do cemitério, com as gotas de chuva entoando o ukelele, também é poesia pura. O elenco, assim como em "O pequeno Nicolau", é todo focado em caricaturas e estereótipos, mas extremamente bem trabalhado. Nota: 8

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