" Kynodontas/Dogtooth" , de Giorgos Lantimos (2009)
Filme grego, ganhador do Prêmio em Cannes 2010 da mostra " Un certain regard", cedido a novos cineastas.
Perturbador, ousado, bizarro, polêmico. Adjetivos são o que não faltam para descrever esse drama familiar.
Um casal de alta classe mora em uma mansão, com os seus 3 filhos adultos ( duas moças e um rapaz). Os pais isolam os seus filhos do mundo externo. Eles não podem ver tv, não existe computador, internet, livros, nada. Tudo o que eles sabem, é através do que os seus pais contam. Todos os dias, eles escutam um gravador com vocabulários novos, gravados por seus pais, dando novos significados a palavras (por ex, Zumbi significa pequena flor amarela). O único que sai é o pai, que trabalha em uma fábrica ali perto. Ele costuma trazer Cristina, a segurança da empresa, para a casa para poder satisfazer os impulsos sexuais do filho. Ela é a única estranha que invade a casa. Os filhos agem como retardados, como crianças, e vivem fazendo brincadeiras violentas que envolvem sexo agressões verbais e físicas.
O filme me remeteu a vários outros: " Os idiotas", de Lars Von Triers, " A Vila", de Shayamalan, " O Pãntano", de Lucrecia Martel, " Funny Games", de Michael Haneke. Frio, sêco, pungente e cruel. O filme reserva cenas muito fortes, e a entrega dos atores as propostas feitas pelo diretor é impressionante.
O filme é lento, porém, sempre interessante. A fotografia e o trabalho de câmera são ótimos.
Confesso que gostei bastante do filme, ousado para os padrões americanos. Por isso me espanta a indicação feita pela Academia em indicá-lo como um dos 5 concorrentes ao prêmio de filme estrangeiro, uma vez que o filme possue cenas de sexo explícito, incesto, violência.
Nota: 8
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