" Curling", de Denis Coté (2010)
Drama Canadense, vencedor do prêmio de melhor Direção (Denis Coté) e ator (Emmanuel Bilodeau) no Festival de Locarno 2010.
" Curling" narra a história de Jean François, pai solteiro que mora com sua filha de 12 anos numa região rural de Quebec. Jean trabalha em uma loja de Boliches, como zelador. O dono do lugar é um cinquentão que namora uma jovem exótica, e ele a coloca para trabalhar ali também. A filha de Jean, Julyvonne ( Philomene Bilodeau, filha de Emmanuel) não estuda nem tem amigos. O pai a protege da civilização,e a impede de fazer qualquer coisa sem a sua autorização. Ela vive trancada em casa, e por não ter convívio social, não sabe se proteger. Paralelo, tem a história de um garoto que desapareceu num lugar próximo.
O filme tem na fotografia o seu ponto forte. Com belíssimas imagens da região gélida ( o prólogo é de uma beleza inquestionável: pai e filha caminhando por uma estrada branca, em meio a uma tempestade de neve), a fotografia reforça o clima de melancolia e depressão que o filme sugere.
O ritmo é extremamente lento, chegando a cansar o espectador. A narrativa não segue bem uma lógica: algumas cenas soltas sem explicação alguma, ocorrem ao longo do filme. Por ex, a cena onde Julyvonne encontra vários corpos em meio a um barranco, não leva a nada. Ao final, surge um tigre, assim do nada. A relação de Jean com seu patrão e namorada é pouco explorada, e por fim, não sabemos o motivo do aprisionamento da filha.
Um filme curioso, mas sem nenhum atrativo que o torne memorável. O diretor Denis Coté poderia ter explorado mais o lado do realismo fantástico, já que ele sugere um " quê" de fantasia ao filme, mas não o desenvolve.
Nota: 6
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