quarta-feira, 22 de maio de 2019
O professor
"The professor", de Wayne Roberts (2018)
Escrito e dirigido por Wayne Roberts, "O professor" é um drama independente americano, um retorno de Jonnhy Depp aos dramas realistas e saindo da seara de filmes fantasiosos, universo onde Jonnhy Depp domina em filmes como "Piratas do Caribe", "Animais fantásticos"e todos os filmes que fez com Tom Burton.
Com uma performance comovente de Depp, ele interpreta Richard, um professor de literatura de uma renomada Universidade e que descobre ter um cancer terminal e caso não faça tratamento, terá apenas 6 meses de vida. Abalado, Richard decide não contar para sua esposa e sua filha. A esposa confidencia estar tendo um caso, e a filha, que é lésbica. Richard decide dar um novo rumo em sua vida e chutar sua vida careta e aproveitar seus últimos meses com muita rebeldia: transando com quem ele quer, fumando maconha e principalmente. dar lições de moral para os seus alunos sobre ambições na vida, aproveitar cada instante e a mortalidade de todo mundo.
O tema da doença terminal é recorrente em muitos filmes no mundo todo. O cineasta francês François Ozon lançou o belo "O empo que resta" sobre um fotógrafo jovem de moda, vivido por Melvin Papaud, que descobre estar próximo da morte. Na maioria dos filme,s o protagonista chuta tudo pro alto e liga o foda-se, aproveitando a vida da melhor forma possível e sem se privar de mais nada. No roteiro de Wayne Roberts, as feministas podem ficar putas, pois muitas das personagens femininas servem de escada sexual para o professor realizar seus desejos. Fora isso, o roteiro não revitaliza o tema e traz todos os clichês possíveis sobre redenção. Ou seja, o motivo principal de se assistir ao filme é mesmo o talento de Jonnhy Depp. Mesmo com aquele eterno ar de alcoolizado, ele emociona em alguns monólogos.
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