segunda-feira, 27 de maio de 2019

Cruising in the park

"Cruising in the park", de Antonio da Silva e Fábio Lopes (2018) Em 2013, o cineasta francês Alain Guiraudie escandalizou Cannes com o seu controverso e erótico "Um estranho no lago", um suspense gay que mostrava um serial killer atacando em uma floresta à beira de um lago, matando gays que ali se encontravam para encontros sexuais. O filme tinha fortes cenas de sexo explícito. Agora o Cineasta e artista plástico Antonio da SIlva, português radicado em Londres lança um polêmico documentário, escalando pessoas reais para o seu documentário sobre um point de pegação gay em Londres. Sem mostrar o rosto, Antonio os torna figuras anônimas, desesperados por sexo. O filme tem uma narração em Off de um homem casado de meia idade, que diz ir ao lugar na hora do almoço, para desestressar do seu trabalho sufocante. Ali, ele divaga sobre caçar e ser caçado, sobre reconhecer pessoas com quem já fez sexo, pessoas que transam sem camisinha, sobre o prazer que ele sente em transar em lugares sujos, sobre o tesão do sexo perigoso. O filme é repleto de cenas de sexo explícito e portanto, proibido para quem não estiver disposto a ver cenas de sexo visceral e fetichista. No final das contas, o filme é uma alegoria sobre a solidão do Universo Lgbtq+, onde pessoas solitárias buscam suprir sua carência afetiva através do sexo.

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