domingo, 12 de maio de 2019

A menina e o leão

"Mia et le lion blanc", de Gilles de Maistre (2018) O Documentarista francês Gilles de Maistre, estreando aqui em ficção, fez o seu "Boyhood", famoso filme de Richard Linklater, onde o elenco filmou durante anos e em tempo real presenciamos o crescimento dos jovens atores. Aqui, durante 3 anos, Gilles filmou a produção na Africa do Sul, para que as crianças Daniah De Villiers (Mia) e Ryan Mac Lennan (Mick) crescessem junto do leão branco Charlie, que de filhote, vira um leão enorme. O roteiro teve argumento de Prune de Maistre , esposa do cineasta. Ela tomou conhecimento de que fazendas no País africano criavam leões para serem abatidos por caçadores quando adultos, para posarem para fotos. O filme começa com Mia aos 10 anos de idade, irritada por ter que se mudar com sua família ( Mick e seus pais- a mãe é a atriz Melanie Laurent) para uma fazenda de criação de leões na África do Sul. Ela passa seu dia na internet com amigos de Londres, até que seu pai traz para casa o pequeno Charlie, um leãozinho branco. Mia se afeiçoa ao animalzinho e faz dele seu melhor amigo. 3 anos depois, Charlie está enorme, e os pais de Mia acreditam que ele ficou perigoso para ficar com a filha. O pai decide vendê-lo a um caçador, mas quando Mia descobre resolve fugir com ele, para levá-lo a um santuário secreto de leões. Muitos críticos reclamaram do filme, falando da falta de cuidados com a edição, atuação e roteiro. O filme não é perfeito, tem um roteiro bastante óbvio, mas é bastante evidente a sua função como filme família: trazer a mensagem de preservação dos animais e da natureza para as novas gerações. Vale assistir pelas belas paisagens, pela qualidade da produção. Guardada as devidas proporções, o filme lembra o sul coreano "Oukja", da menininha que quer salvar a vida do Porco gigante e que passeia com ele pelo shopping da cidade ( aqui tem a mesma cena). O filme foi o maior sucesso de bilheteria francês ao redor do mundo em 2018.

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