domingo, 19 de maio de 2019
Morte instantânea
"Polaroid", de Lars Klevberg (2018)
Em 2015, o cineasta dinamarquês Lars Klevberg escreveu e dirigiu um curta de terror, chamado "Polaroid". O filme fez um sucesso estrondoso, que 2 anos depois, foi adaptado para um longa-metragem, produzido por Harvey Weistein. Com as acusações de assédio sexual contra Harvey, o filme foi devidamente engavetado. A Netflix chegou a negociar, mas desistiu logo depois.
A verdade é que o curta, de apenas 15 minutos, consegue ser muito melhor e mais eficiente do que esse longa, que se assemelha a "Premonição". O filme começa exatamente como o curta: 2 amigas comentam sobre uma polaroid vintage dos anos 70, e quando uma das amigas tira foto de si mesma, acaba sendo morta por uma entidade. Na passagem de tempo, a polaroid vai parar nas mãos da tímida estudante Bird. Ela ganha a polaroid e acaba tirando foto de um grupo de amigos. Um a um vai morrendo de forma aterrorizante, e Bird descobre o poder da câmera e resolve descobrir o segredo por trás dela, para evitar a morte dos amigos e de si mesma.
O filme tem 3 problemas: as cenas de ataque acontecem em um escuro profundo, pois a entidade só surge quando não há luz; as mortes não são vistas e não há sangue; e as mortes acontecem sem nenhum tipo de criatividade, além da obviedade dos amigos irem se separando e parando em ambientes escuros, perguntando o clássico"Tem alguém, aí?"
O filme tem aqueles sustos óbvios, e sinceramente, quem quiser ver um belo terror, assista ao filme original.
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