domingo, 5 de maio de 2019
Bad boy Bubby
"Bad boy Bubby", de Rolf de Heer (1993)
Um dos mais polêmicos e controversos que você já terá visto na sua vida, esse cult obscuro australiano foi lançado em 1993 e proibido em vários países, tendo ganho inúmeros prêmios em festivais internacionais, entre eles, o Fipresci no Festival de Veneza.
O filme lembra a obra-prima de Werner Herzog, "O enigma de Kaspar Hauser": Bubby, um homem de 35 anos, é confinado em um bunker pela sua mãe por 35 anos. ela alega ao filho que o ar do lado de fora está contaminado e que, sem a máscara, as pessoas morrem. Ela o impede de sair, e Bubby não faz idéia do que existe do lado de fora. A mãe o maltrata. ele maltrata seu gato. Toda noite, ela faz sexo com ele. Um dia, quando seu pai retorna, Bubby questiona porque ele não morreu, se estava sem máscara. Revoltado, Bubby mata seus pais enquanto dormiam. Bubby resolve sair: ele se depara com um mundo diferente do que sua mãe dizia. ele sofre bullying, e acaba sendo preso. Na cela, ele é estuprado. Ao sair, ele se envolve com mulheres gordas e seios grandes, pois remetem à sua mãe. Bubby acaba sendo adotado por uma banda de rock e se torna o vocalista.
Dito assim, parece que o filme é clássico narrativo. Mas não: o filme alia uma linguagem experimental e um roteiro bastante complexo. Para intensificar a linguagem distinta que tanto almejou, o diretor e roteirista Rolf de Heer contratou 32 fotógrafos diferentes, para que cada um fotografasse uma cena e desse um olhar totalmente particular sobre a cena.
Não é um filme fácil de se assistir: logo no primeiro ato, mostrando Bunny, sua mãe e seu pai, o filme já provoca imensa repulsa, pelas cenas grotescas e violentas. Para quem conseguir assistir até o final, certamente terá visto um filme estranho, único. Se é bom ou não, isso é outro assunto.
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