segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Nico, 1988

"Nico, 1988", de Susanna Nicchiarelli (2017) Vencedor de vários prêmios Internacionais, escrito e dirigido pela Cineasta italiana Susanna Nicchiarelli, "Nico, 1988", acompanha os 2 últimos anos de vida da cantora Nico, nascida Christa Päffgen na Alemanha. Para quem for assistir ao filme querendo ver cenas de Nico enquanto fazia parte do grupo Velvet Underground de Andy Warhol e Lou Reed nos anos 60, esqueça. Essa fase é dita muito en passant, com rápidas cenas de documentário. O filme deixa claro que Nico quer esquecer esse passado de glória e glamour, e quer se ater a uma vida independente de cantora, cantando um repertório que lhe agrade, mais do que aos seus fãs. O filme acompanha Nico em turnê, passando por dificuldades financeiras com sua banda, a sua relação com o seu agente, seus músicos e principalmente, com as drogas pesadas e com o seu filho Ari Delon, filho que ela teve com o ator Alain Delon e que assim como sua mãe, se tornou músico e adicto às drogas. Nico se sentia culpada pelas várias tentativas suicidas de seu filho, resultado dp abandono que ele teve quando pequeno, por conta da ausência da mãe que vivia em festas regadas a drogas e bebidas. Nico tem uma performance absolutamente fantástica da excelente atriz dinamarquesa Trine Dyrholm, atriz fetiche de vários cineastas dinamarqueses, como Susanne Bier, Thomas Vintemberg , Erik Poppe. Para quem não se lembra, ela protagonizou "Festa em família", "A comunidade", "Em um mundo melhor" e o filme com Pierce Brosnan, "Amor é tudo o que você precisa". O filme é bastante melancólico e depressivo, assim como era Nico. A própria Trine canta as músicas no filme, terminando com uma linda versão de "Big in Japan", do Alphaville. Fui pesquisar como Nico veio a falecer, fato que o filme esconde, e fiquei mais triste ainda.

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