terça-feira, 28 de agosto de 2018

Utaya- 22 de julho

"Utøya 22. juli ", de Erik Poppe (2018) Caralho, que filme tenso e foda! Rodado em um único plano-sequência de 72 minutos (o filme é uma reconstituição dos 72 minutos de tiroteio que um extremista de direita, de 32 anos, provocou na Ilha de Utaya, Noruega, em 2011, provocando a morte de 77 jovens, além de 99 feridos e mais de 300 com sequelas emocionais. O Cineasta Erik Poppe ( dos excelentes "Águas turbulentas" e "A escolha do rei") decidiu realizar o filme em um plano-sequência, para faezr o espectador se sentir dentro do tiroteio, completamente sem rumo, assim como os seus personagens, pegos de surpresa durante um acampamento de final de semana. Estava ocorrendo um encontro de jovens no acampamento de verão Partido trabalhador, e subitamente, os jovens começaram a ouvir tiros, que estavam sendo confundidos com fogos de artifício. O espectador acompanha a jovem Kaja, de 19 anos, que no meio do tiroteio, procura a sua irmã mas jovem. Kaja vai de um lado pro outro, salva alguns jovens, testemunha outros sendo assassinados. O assassino só é visto de relance ao fundo. O trabalho de câmera é impressionante: a câmera corre, desce precipício, entra na água, fica estática, entra em bote...fico imaginando o quanto de ensaio esse filme não teve, pois tudo é milimetricamente estudado. Os personagens no filme são fictícios, mas baseado em relatos dos sobreviventes, Exibido no Festival de Berlin 2018, de onde saiu entre vaias e aplausos. As críticas foram por conta do que os jornalistas chamaram de sadismo, pois durante o filme todo, vemos jovens correndo, gritando e sendo assassinados, como se estivéssemos em um video game. É um filme tenso, cruel, bárbaro e chocante. Uma cena em particular me impressionou, pelo trabalho das atrizes: KAja ( um trabalho excepcional de Andrea Berntzen) conforta uma jovem que levou um tiro nas costas.

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