quinta-feira, 30 de agosto de 2018

As herdeiras

"Las herederas", de Marcelo Martinessi (2018) Escrito e dirigido pelo Cineasta paraguaio Marcelo Martinessi, esse drama Venceu inúmeros prêmios em Festivais internacionais, como Cartagena, San Sebastian, Berlin ( de onde saiu com o Prêmio de melhor atriz para Ana Brun, no papel de Chela) e aqui no Festival de Gramado 2018, saiu com 6 Troféus, entre eles de melhor filme, filme popular, filme da crítica, Diretor, Atriz ( dividido pelas 3 protagonistas) e roteiro. Metaforicamente, o filme fala sobre a decadência da sociedade paraguaia. Acompanhamos o drama de Chela (Ana Brun) e Chiquita (Margarita Irun), casal de lésbicas da terceira idade, que moram em uma casa outrora gloriosa, e agora decadente. Chela, introvertida e de caráter depressivo, vende o que herdou da família : Quadros, talheres, móveis, para poderem sobreviver, e nas horas vagas, pinta. Diferente de Chela, Chiquita é extrovertida, animada e gosta de se divertir. Um dia, Chiquita é presa por sonegação fiscal. Chela é obrigada a sair e se sustentar, acabando por trabalhar como motorista particular de senhoras que jogam carteado. Na casa de uma das senhoras, ela conhece a fogosa Angy ( Ana Ivanova), por quem acaba nutrindo um sentimento forte. Com performances arrebatadoras, o filme encanta pela sua simplicidade. É um filme que fala sobre o amor, e não tem medo de assumir a sua veia de melodrama latino. Carismáticas, e defendidas com muita garra pelo elenco, as personagens arrancam sorrisos, lamentos, tristeza do espectador. O time de senhoras do carteado também merece palmas pela atuação. O filme tem ritmo bastante lento, uma fotografia bastante escura. Tem um tom melancólico, como não poderia deixar de ser, mas em seu desfecho, abre um luz no fim do túnel.

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