domingo, 15 de setembro de 2013

Rush- no limite da emoção

"Rush", de Ron Howard (2013) Mesmo depois de ter realizado "Uma mente brilhante" e "Cocoon", seus melhores trabalhos, Ron Howard realiza aqui o seu melhor filme. Sem a burocracia de "O código da Vinci", "Anjos e demônios", "Apolo 13" e "Willow", Howard dá uma nova dimensão aos filmes baseados em histórias esportivas. Eu pessoalmente nunca gostei de Fórmula 1. Mas aqui, torci a cada segundo do filme. Isso porquê o roteiro brilhante de Peter Morgan ( "A rainha", " O último rei da Escócia") dá ênfase no drama de 2 personagens incríveis: os pilotos Nikki Lauda e James Hunt. O primeiro austríaco, o outro inglês. Ambos começaram nos anos 70 na Fórmula 3, cada um com uma personalidade diferente. Lauda todo metódico, Hunt todo garotão e irresponsável. Porém, ambos apaixonados por carros e pela luta pela vitória a qualquer preço. Assim começa uma grande rivalidade entre amos, que irá desembocar na temporada de 1976 de Fórmula 1, ano em que Lauda sofreu um acidente que quase lhe tirou a vida. O filme é todo irretocável, e aqui não dispensarei elogios: A direção de Howard, vibrante, inteligente, buscando texturas de filmes doa anos 70, com ângulos impressionantes. A edição dinâmica, que nos faz se sentir dentro das corridas. A trilha sonora de Hans Zimmer, combinando perfeitamente com as cenas, ora sentimental, ora porrada. A atuação de Daniel Bruhl, no auge da perfeição, usando a maquiagem e sotaque para tornar seu Lauda inesquecivel e um personagem contaditório, amado e odiado pelo seu tom professoral. O restante do elenco está ótimo, Chris Hemsworth provando que a cada filme, ele mostra mais o seu talento, não apenas baseado em rosto bonito. As mulheres, os chefões, todos incriveis. A direção de arte , maquiagem merecedora de todos os prêmios ( a prótese de Nikki Lauda é foda). Um filme que com certeza custou uma baba, mas que valeu a pena cada centavo gasto. Várias cenas antológicas, entre elas, as cenas dentro do Hospital, durante a recuperação de Lauda. Ou o discurso final entre os 2 num hangar. Emocionante. Eu não resisto a filmes baseados em histórias reais que no final, mostram os verdadeiros personagens. Saí do cinema aos prantos. Nota: 10

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