terça-feira, 24 de setembro de 2013
Boa sorte, meu amor
de Daniel Aragão (2013)
"Filme de estréia do pernambucano Daniel Aragão, é um drama experimental todo filmado em preto e branco. Misturando vários temas no mesmo filme ( Amor entre classes sociais distintas, coronelismo, formação do povo brasileiro na mistura de brancos e índios, Igreja evangélica, homossexualismo, deterioração de Pernambuco, extrema pobreza, falta de comunicação, conflito de gerações, entre outros) o filme investe pesado em referências cinematográficas para contar a sua história. Nota-se claramente a veia cinéfila do DIretor que bebe da fonte de Lars Von Triers ( divisão do filme em capítulos) , Sergio Leone ( Duelo estilo western spaghetti no final) e até mesmo Jim Jarmush, nos planos longos e estéticos. Sim, o filme tem um pensamento estética em cada plano, cientificamente elaborados. E isso é bom e ruim para o filme. Ruim porquê o roteiro se perde ante tanta plasticidade, cenas soltas sem dramaturgia que apenas se servem para provocar estranhamento ( ex, a cena do cavalo na rua, nas ultimas). O roteiro e o filme começam bem, com a história de Maria ( Christiana Ulbach, excelente) e Dirceu ( Vinicius Zinn). Ela promoter, ele arquiteto. Mas do meio pro fim o filme se perde completamente, entrando em uma onda experimental que não funciona para esse filme. O filme se utiliza de trilha sonora pop para elevar a energia, uma vez que o filme vai rolando muito, mas num ritmo muito lento. Eu queria, de verdade, ter gostado muito do filme. Mas fico apenas no grupo dos que acharam o filme "Ok". Nota: 6
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