segunda-feira, 8 de abril de 2019

Minha obra-prima

"Mi obra maestra", de Gastón Duprat (2018) Co-escrito e dirigido pelo argentino Gastón Duprat, realizador dos excelentes "O homem do lado"e "Cidadão ilustre", "Minha obra-prima"tem um tema muito semelhante ao filme da Netflix "Velvet Buzzsaw", com Jake Gyllenhaal. Ambos os filmes fazem uma observação anárquica e crítica sobre o Mercado da Arte a valorização da obra de um artista excêntrico depois de sua morte. Arturo (Guillermo Francella, de "O clã" e "Coração de Leão" é dono de uma galeria de arte. Amigo de longa data de Renzo Nervi (Luis Brandoni), um artista plástico excêntrico e de mal com a vida, que reclama de tudo e de todos, e não faz a mínima questão de ajudar a vender os seus quadros. Endividado, Arturo tenta ajudar Renzo, mas em vão. Até que um acidente sofrido por Renzo o faz repensar e reavaliar todos os seus conceitos sobre amizade, Arte, ganância e corrupção. Com um roteiro brilhante escrito a quatro mãos, e uma dupla de atores fenomenais, "Minha obra-prima" diverte , faz pensar e mais do que isso: me provocou tamanha antipatia pelo personagem de Renzo, como há muito eu não sentia. Mas o roteiro provoca uma reviravolta sensacional, daqueles plot twists do tipo: "ih"!, e aí tudo vai ficando mais instigante. Mas talvez a grande Estrela do filme seja a locação em Jujuy, município no noroeste da Argentina; um lugar de montanhas recortadas, surpreendente e acachapante. Essa é a verdadeira obra-prima do título do filme.

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