sábado, 31 de março de 2018
C'est l'amour
"C'est l'amour", de Paul Vecchiali (2015)
O Cineasta francês Robert Bresson fez escola com o seu método anti-naturalista. O seu conceito de Ator-modelo até hoje é influencia para cineastas como Aki Kaurismaki, Eugene Green e Paul Vecchiali. Em "C'est l'amour", Vecchiali, que também escreveu o roteiro e atua no filme, quer falar sobre o amor. Mas um amor sofrido, daqueles que fazem a pessoa querer se matar pela impossibilidade de poder amar. Só que esse melodrama é visto em atuações frias, sem emoção, como mandava a cartilha de Bresson. Para espectadores que não conhecem esse método, com certeza estranharão o filme.
Odile e Jean são casados. No entanto, ela desconfia de que ele a trai. Com um sentimento de vingança, ela o trai com um ator gay, Daniel, em conflito com sua profissão e que mora com um homem mais velho, que ele conheceu em um ambiente de pegação. Odile e Daniel não poderiam imaginar que dessa relação, surgisse uma historia de amor auto-destrutiva.
O filme começa e termina com a mesma cena, Daniel indo embora. Paul Vecchiali quer narrar para o espectador uma história inusitada, com conceito narrativo muito exótico. Por exemplo, vemos a mesma cena sendo vista 2 vezes seguida, sendo que da 1a vez, a câmera está no marido, e na 2a vez, vemos a esposa. O filme provavelmente será apreciado somente por cinéfilos, e mesmo assim, com ressalvas.
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