quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O amante duplo

"L'amant double", de François Ozon (2017) Brilhante thriller erótico dirigido por um dos realizadores franceses que mais admiro. Se utilizando da melhor das tradições de Alfred Hitchcock, Brian de Palma e David Cronemberg, Ozon fez uma mistura explosiva, repleta de psicanálise, erotismo, perversidade, fetichismo e prazer. Impossível não se lembrar de "Gêmeos, mórbida semelhança", de Cronemberg, e de "Irmãs gêmeas", de Brian de Palma. Até tela dividida, uma marca registrada de de Palma, Ozon se apropria. O suspense e a trama de Hitchcock também se faz presente. Uma aula de narrativa cinematográfica, e um trabalho formidável de Jérémie Renier, no papel dos gêmeos Paul e Louis. Cholé ( Marine Vacth, de "Jovem e sedutora", também de Ozon) é uma mulher que sente dor no ventre. A médica aconselha ela a procurar um psiquiatra, pois acha que a dor é psicológica. Ela conhece então Paul (Renier), um terapeuta por quem ela acaba se apaixonando. Ele recomenda que ela vá procurar uma colega para continuar o tratamento. No caminho, Cholé vê um homem idêntico a Paul, e ela descobre que ele também é terapeuta, Louis, irmão gémeo e renegado por Paul. Ela vai se consultar com ele. Louis é violento, e Chloé gosta desse tipo de fetiche., Mas um segredo irá ser revelado e trazer reviravolta na vida de todos. Com uma trama mirabolante mas sedutora, Ozon prende a atenção do espectador ate o final. O filme concorreu em Cannes, mas não levou nada. Jaqueline Bisset faz uma ótima participação especial e reveladora da trama. Um belo filme com ótimas atuações, roteiro surpreendente e uma direção brilhante de Ozon, um expert em filmar todos os tipos de gêneros. Teve critico que chamou o filme de "Cinquenta tons de cinza" versão francesa bobagem. Imperdível.

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