terça-feira, 31 de outubro de 2017

Marjorie Prime

"Marjorie Prime", de Michael Almereyda (2017) Vencedor de um Premio especial em Sundance 2017, "Marjorie Prime" é a adaptação homônima de uma peça de teatro, escrita por Jordan Harrison. A atriz Lois Smith repete o papel que fez nos palcos. O filme é uma melancólica fábula futurista, e que me lembrou bastante o episódio de "Black Mirror", "Be right back", sobre uma mulher que encomenda um boneco vivo de seu falecido marido. Marjorie é uma senhora de 85 anos, e sofre de Alzheimer. Sua filha, Tess (Geena Davis) e seu genro, Jon (Tim Robbins) encomendam um holograma do falecido marido de Marjorie, Walter (Jon Hamm). Marjorie aceita o holograma, mas quer que ele seja com a imagem de Walter quando tinha 40 anos de idade. A memória do holograma é formada pelas histórias narradas pelas pessoas. Walter passa então a relembrar do passado com Marjorie, quando eram mais jovens. Paralelo, Tess se deprime tanto pela condição física de sua mãe, quanto pelo fato de se sentir despreterida e criada sem amor pela mãe, desde que o outro filho de Marjorie se matou. O filme tem um ritmo bastante lento, e não esconde a sua origem teatral, dado a sua verborragia excessiva. Mesmo assim, é repleto de belos diálogos, que nos fazem refletir sobre o luto, erros, depressão e sobre a memória afetiva. Os 4 atores estão ótimos, com destaque para Lois Smith. Sempre bom rever Geena Davis, uma atriz que andava sumida. John Hamm interpreta de uma forma muito semelhante a de Joel Osment em "A.I", de Steven Spielberg, muito provável uma grande inspiração no trabalho corporal.

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