segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tudo está perdido

"All is lost", de J. C. Caandor (2013) "Tudo está perdido", de J.C. Chander. Um homem navega solitário no mar próximo à Índia. Repentinamente seu barco colide em um container abandonado, e o barco começa a naufragar. O homem pega seu bote e passa dias e dias sem água, comida, lutando contra o sol forte e tubarões. Assim é "All is lost", um filme que, assim como "Náufrago", "As aventuras de Pi" , "Mar aberto" e "Gravidade", concentra seus esforços no tour de force de um único ator e nos efeitos especiais. "Gravidade", de todos, sai ganhando, pois aposta na claustrofobia do espaço sideral. Quando se está perdido no mar, ainda existe a esperança de se comer um peixe, de chuver e beber água e de um barco passar. Mesmo assim, o filme tem seus méritos, e claro, todos se depositam na performance minimalista de Robert Redford, que inteligente, evita os clichês de surtos de sua personagem. Envelhecido, Redford encarna o americano padrão, com aquela cara irretocável do bom mocinho. Li numa entrevista que ele se entregou a um processo físico real, querendo sofrer tudo o que sua personagem passava. Eu já filmei com barcos e sei a grande chatice que é, necessita ter muito saco e paciência pra vencer as marés e as dificuldades técnicas impostas pelo mar e pelo barco. Esse filme é um presente para qualquer ator, e Redford soube pegar essa oportunidade com chave de ouro. Quanto ao roteiro, senti falta de me envolver emocionalmente mais com a personagem, que nem nome tem. Queria saber um pouco sobre quem ele é, se tem família, quem ele deixaria para trás no caso de morte, que sonhos seriam abandonados pela tragédia iminente. Do jeito que o filme é, fica apenas a jornada intensa de um homem lutando pela sua sobrevivência. Apuro de Direção, fotografia esplendorosa, trilha sonora envolvente. Nota: 7

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