domingo, 29 de dezembro de 2013
No espaço não existem sentimentos
"I rymden finns inga känslor", de Andreas Öhman (2010)
Nossa, que filmo bacana! Me surpreende que a Suécia, que tem tradição em dramas existencialistas, venha com essa delícia de comédia dramática e romântica. Inspirado em "Amelie Poulain", com seu desenho visual que mescla animação e grafismos para contar uma fábula acri-doce, o filme conta com um roteiro genial, e uma atuação fenomenal do jovem Bill Skasgard. Ele interpreta Simon, um jovem com síndrome de Asperger ( mesma doença dos personagens dos filmes "Adam", e "Tão longe, tão perto"). Eu me irrito muito com personagens que tem Asperger, porquê vamos combinar, são chatos e irritantes. Mas aqui, no roteiro de Jonathan Sjöberg e do cineasta Andreah Ohman, eles usam a doença para narrar as desventuras de uma pessoa incrontrolável e que, por amor, pode ceder seu espaço para outros fazerem parte. Simon tem um irmão Sam, que mora com sua namorada. Simon resolve morar com eles, mas a namorada resolve ir embora, por não aguentar as obsessões de Simon. Sentindo-se culpado, Simon resolve arranjar outra namorada para Sam. E é aí que entra Jennifer, uma maluquete encantadora. O filme tem uma cena antológica: Jennifer coloca um fone de ouvido em Simon e faz ele ver o mundo de uma forma diferente, através da música. Um primor de Direção e interpretação. Uma pena que filmes assim não encontrem espaço no circuito, seria lindo as pessoas poderem compartilhar de um filme tão lindo, lírico e inteligente. É cinemão, mas feito com muita inteligência, carinho, paixão pelos personagens e sobretudo, com atores excelentes que dão vida a tipos tão carismáticos. Trilha sonora irresistível. Super recomendado para quem curte aqueles filmes clima Sessão da tarde clássicos. Nota: 9
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