domingo, 22 de dezembro de 2013

Sal

\\ "Sal". de James Franco (2013) Exibido no Festival de Veneza 2013, o filme "Sal" foi recebido friamente pelo público e crítica. Documentando o último dia de vida do astro de cinema Sal Mineo, Franco recorreu a uma narrativa naturalista, quase documental, das últimas horas de vida do ator, antes dele ser assassinado barbaramente nos fundos de sua casa, esfaqueado no coração, no dia 12 de fevereiro de 1976. Mineo surgiu no filme "Juventude transviada" e junto de James Dean, arrebentaram a bilheteria da época e se tornaram os grandes ídolos da juventude americana. Durante todo os anos 50 e 60 ele fez muito sucesso. Porém, a sua vida sexual ativa e o seu homossexualismo não eram novidade para Hollywood, e foi o que acabou prejudicando a moral vigente da época. O público não lhe deu mais atenção, e Sal acabou partindo para projetos mais autorais, como o filme "Who killed teddy bear", que causou furor na época pelo seu alto teor sexual e perversão. Às vésperas de sua morte, Sal estava ensaiando uma peça de teatro. Querido pelos colegas, Sal dedicava muito do sue tempo ao culto ao corpo, era extremamente vaidoso ( não à toa, James Franco dedica quase 10 minutos iniciais do filme com Sal Mineo malhando na academia, reforçando o caráter homoerótico da obra). O filme, no entanto, não empolga. James Franco apostou numa linha experimental para o seu filme. Os planos são muito longos, nada de realmente importante acontece na tela. Muitos hiper closes, uma textura na fotografia dando tintas pastéis para interiores e coloridas para extrenas. O filme lembra bastante o despojamento do filme de Gus Van Sant, "Last days", relatando os últimos dias de vida de um roqueiro. Aqui o tédio impera, e é difícil se envolver emocionalmente com o personagem. Uma pena, pois Sal era muito talentoso e merecia um filme que demonstrasse esse grande astro rebelde produzido por Hollywood e que acabou não encontrando espaço na caretice dos Grandes Estúdios. Franco está devendo um grande filme. Nota: 5

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