domingo, 8 de dezembro de 2013
Cova aberta
"Open grave", de Gonzalo Lopez-Gallego (2013)
Acho que posso dizer que surgiu um novo gênero no cinema: "Tudo junto e misturado". Adicione na mesma panela "The walking dead", " Exterminio", "Resident evil", "Memento", " Jogos mortais" e aí você tem como resultado esse filme. Dirigido pelo espanhol Gonzalo Lopez-Gallego, que dirigiu nos Estados Unidos entre outros a interessante ficção científica "Apollo 18". Fácil notar que Gonzalo bebe nas fontes, pois "Apollo 18" se utiliza da narrativa dos filmes "Found footage", estilo "A bruxa de Blair" e "Canibal Holocausto". O ator sul-africano Sharlto Copley, de "Distrito 9" e "Elysium", interpreta um homem misterioso que acorda em uma cova cheia de cadáveres. Ele escapa de lá com a ajuda de uma muda, e descobre que outros sobreviventes também se encontram sem memória. Aos poucos o grupo vai recobrando a memória, e tentam entender o que acontece nesse acampamento, e porquê um grupo de sobreviventes se comportam como zumbis. Boa fotografia, edição que copia os flashbacks narrativos de "Jogos mortais", e um elenco internacional que inclui também o alemão Thomas Kretschmann, de "O pianista". Mas um filme como esse não deveria ter mais que 90 minutos, e no entanto, ele tem quase 110 minutos. Thriller com tempo sobrando sempre dá aquela barriga. Outra coisa que incomoda são os flashbacks forçados. O filme mantém sim, a curiosidade do espectador para saber o que está se passando, mas tudo fica óbvio demais logo na primeira metade. Mas o final é quase emocionante, por pouco me deixei enganar. Nota: 5
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