quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Oh boy
"Oh boy", de Jan Ole Gerster (2012)
Ótima comédia dramática alemã, que acompanha 1 dia na vida de um jovem de 21 anos, desesperançoso, perdido na vida, que largou a Universidade, sem trabalho, vivendo às custas de seu pai. O retrato de uma geração européia visto com muito humor e melancolia. Niko ( brilhantemente interpretado por Tom Schilling) é um alter-ego de algum personagem de Woody Allen: vive na grande metrópole (Berlin). A comparação com os filmes de Allen não param por aí: Com certeza, o cineasta Tom Schilling se inspirou em "Manhattan"ao retratar as ruas de Berlin com um olhar americanizado, ao som de jazz, um preto e branco estonteante. Mais: o humor ferino dos diálogos, as cenas tragicômicas, o que me impressionou ao final da projeção e pude finalmente confirmar: Sim, os alemães sabem fazer comédia, e muito bem. Aquele olhar acre-doce da realidade sem futuro, o olhar triste, condescendente. A mesma energia e percepção audaz de "Frances Ha". Algumas cenas , apesar do humor, são lindas pela sua ternura: a cena que Niko se relaciona com uma idosa, ou o desfecho, num bar, quando ele se reconhece no papel do bêbado idoso, são exemplos de brilhantismo de direção e interpretação. Outra cena antológica é quando Niko vai com seu amigo ator desempregado e looser visitar um ator famoso num set de filmagem. E outra: a discussão durante um coquetel após uma performance experimental de um grupo de atores, discernindo sobre a vanguarda e o deboche sobre esse tipo de arte. Um filme genial. Elenco perfeito, direção sensível. Nota: 9
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