quinta-feira, 11 de julho de 2013

O homem das estrelas

"L'uomo delle stelle/The star maker", de Giuseppe Tornatore (1995) Esse filme era um buraco na minha filmografia de Tornatore, e graças ao talento do meu amigo Ricardo Favilla, que contou a sinopse de uma forma tão bela, eu fui correndo assisti-lo. O filme se passa nos anos 40 e conta a história de Joe Morelli ( Sergio Castelitto), um malandro que viaja com seu caminhão pelas regi˜pes pobres da Sicília, se fazendo passar por um produtor de elenco para cinema. Ele ganha dinheiro ao produzir testes falsos de elenco. Sua câmera filma, mas não possui película. Tudo chapa-branca. No seu caminho, ele encontra muitos sonhos, mas friamente, ele não se envolve com nenhuma das histórias narradas pelos populares humildes. Até que ele esbarra com Beata, uma jovem que sonha em ser atriz e por quem Joe se apaixona. Tornatore repete toda a fórmula de "Cinema Paradiso" aqui no filme: trilha emotiva de Ennio Morricone, um forte contexto melodramático na história ( o desfecho é emocionante, e tem a mesma estrutura do clip dos beijos em "Cinema Paradiso", uma história de amor improvável e muito, mas muito amor ao cinema, que vai perdendo espaço pela chegada da televisão. O mais lindo no filme é ver tantos nào-atores dando os seus depoimentos para a câmera de Joe. Curioso como no cinema italiano, não é comum os diálogos sincados, mas isso em nenhum momento passa por problema técnico ou me incomoda. As locações na Sicilia são belíssimas, e claro, não podia faltar a Máfia no filme.Como em todos os seus filmes, Tornatore extrapola na dose em algumas cenas, as vezes exagerando no drama ou até mesmo um certo mau-gosto ( a cena da primeira transa de Joe e beata é estranha, sem carinho para um momento tào especial). Não posso deixar de enaltecer um extraordiário plano-sequência na primeira parte do filme, quando vemos os populares treinando textos para a audiçào. Muito bem construída a cena, com certeza ensaiou bastante. Achei um pouco longo, e fiquei muito triste com o desfecho. Me lembrei de "Eu receberia as piores noticias de eus lindos lábios", de Beto Brandt. Bela atuaçào de Tiziana Lodato, no papel de Beata. Nota: 8

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