quarta-feira, 3 de julho de 2013
Gretchen Filme estrada
"Gretchen, filme estrada", de Eliane Brum e Paschoal Samora (2010)
Documentário realizado em 2010, que acompanha a campanha da cantora Gretchen como Prefeita na Ilha de Itamaraça, Pernambuco, cidade onde ela nasceu. Quando soube desse projeto eu fiquei extremamente curioso para ver como uma artista do povo, com mais de 30 anos de carreira artística, que fez sucesso cantando músicas sem letras e ganhando dinheiro com o rebolado, poderia ter a ousadia de se candidatar a Prefeita. Oportunismo? Pode ser, ela mesma no documentário diz para os seus partidários e votantes que ela super-confia no seu nome, que basta diz6e-lo que o Presidente, Senadores e todo o Brasil abrirão as portas para ela. Excesso de confiança ou ingenuidade, não importa. Gretchen é um fenômeno de midia. Iniciou sua carreira antes mesmo de Madonna, e nunca saiu das notícias. Polêmica, ela levou 3 milhoes de espectadores aos cinema para assistir ao seu pornô soft 'Alugam-se moças", um clássico da pornochanchada, de 1982. Mais recentemente, ela se aventurou no cinema explicito. Casou diversas vezes, teve vários filhos, e por conta disso, achando-se sem barreiras, se candidatou, sem nunca ter tido alguma aptidão à carreira política. Seu desejo, sendo eleita, era abandonar os palcos e viver dos palanques. Mas esse sonho não foi a frente: ela recebeu apenas 2% dos votos. O filme mostra a trajetória dela pedindo votos, sendo aliciada, populares pedindo dinheiro, coligaçoes desfeitas, falta de dinheiro, desespero, e claro, vários shows de Gretchen Brasil afora para poder bancar a candidatura. Existe uma cena antológica: Durante uma apresentação em um circo, o playback falja, Gretchen para o numero e fala ao DJ: "DJ, troca o cd"!". Constrangimento total. Quando ela volta a cantar, vê-se nitidamente a cara de cú de toda a a platéia. Muito triste ver uma artista que sempre venceu pelo seu sex appeal se ver envelhecida, sem sensualidade, vivendo do seu passado. Ela ainda faz festas, suas músicas são cults em qualquer balada. Mas ela precisa baixar a bola e se dar conta que os tempos são outros, infelizmente. Pelo menos, para evitarmos d eouvir frases tipo: " Eu danco piripiri, nao tá dando mais nao. Danco final de semana, chega segunda acabou o dinheiro".
O documentário começa bem, com uma narração em off bem divertida, mas depois vai se tornando repetitivo. 1:30 é muito para esse filme, deveria ter 20 minutos a menos, e ter apostado mais na linha do inusitado, como fizeram no ótimo documentário de Rita Cadillac, "A lady do povo".
Nota: 5
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