"También la lluvia", de Icíar Bolláin (2011)
Uma equipe de filmagem espanhola, de baixo orçamento, chega em Cochabamba, Bolívia, para rodar um filme sobre a chegada de Cristóvão Colombo, e a relação dos conquistadores espanhóis, que praticamente dizimaram a civilização indigena que ali habitava, explorando-os comercialmente, e matando os insobordinados. A equipe escala atores e figurantes locais, mas o que não esperavam é que a população enfrenta o governo, por conta do uso de água, e isso atrapalha o rendimento das filmagens, pondo em risco a vida de todos, após a eclosão de uma rebelião civil.
Bom drama, que foi o indicado pela Espanha para representar o país na disputa do Oscar 2011. O filme parece ser um mea culpa da Indústria cinematográfica, que chega com o onipresente poder, se achando um mercado soberano e que tudo deve ser feito em prol do andamento das filmagens. Através da figura de um cineasta inescrupuloso, Sebastián (Gael Garcia Bernal) que somente pensa na filmagem e caga e anda pro desespero da população, e do produtor Costa (Luis Tosar) que somente pensa em economizar para os investidores da película , o filme bota em cheque o quanto devemos nos meter em assuntos internos de um governo que não nos pertence. Um filme com belo desfecho, sensível e edificante, boa direção, e bons atores (destaque para Luis Tosar e para Juan Carlos Aduviri, excelente no papel do índio Daniel). Tosar é o mesmo ator que interpretou o prisioneiro no excelente filme " Cela 211". Apesar de ter uns 20 minutos sobrando, é um filme interessante, não só por sua postura social, quanto para conhecermos melhor o universo de uma filmagem, e suas dificuldades.
Nota: 8
Excellent movie! There are more things in common between globalization and european imperialism, Horatio,
ResponderExcluirThan are dreamt of in your philosophy