sábado, 7 de maio de 2011

Mr Nobody

" Mr Nobody", de Jako Van Dormael (2009)

No ano de 2092, um homem de 118 anos, Nemo Nobody (Jared Leto) se tornou uma celebridade. Isso pelo fato dele ser o último mortal na face da Terra. Toda a raça humana conseguiu obter a imortalidade, menos ele. No meio de holofotes e reportagens sobre a sua morte que se aproxima, nemo é contactado por um repórter, que quer perguntar detalhes de sua vida. Nemo passa a relatar as suas prováveis vidas, desde quando era criança ( um anjo no céu), até a sua fase adolescente. Na fase adulta, ele recria 3 possibilidades de vida que poderia ter tido, cada uma delas com uma mulher diferente. Nemo, idoso, já não sabe mais distinguir o que foi real e o que foi imaginado.
Fantasia que leva ao extremo o conceito de fábula. Com uma narrativa complexa, mas ao mesmo tempo atraente e sedutora, o diretor belga Jako Von Dormael recria aqui uma tese ousada. Ele discute a teoria da relatividade, a teoria do Big Bang, e muitas outras. Não convém aqui ficar discutindo a que filme estamos assistindo, mas sim, nos deixar levar pela recriação poética e admirável de um filme onírico, hermético, mas que traz uma luz perante tanta mesmice na cinematografia atual. O elenco está todo ótimo, e se deixaram entregar a essa proposta de filme anarquia, onde a narrativa flui sem coerência. Tecnicamente impecável: fotografia, direção de arte, som. O que me incomodou na verdade foi a maquiagem de envelhecimento. Ficou muito falsa.
Pode-se dizer que o filme é uma mescla autoral de " O show de Truman", " O curioso caso de Benjamin Button" e " A fonte da vida". Vale uma conferida.

Nota: 8

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