" Ricky", de François Ozon (2009)
Drama fantasioso dirigido por François Ozon, um cineasta francês que admiro bastante, mais pelos seus filmes " O tempo que resta", " Amor em cinco tempos", " Águas em pedras escaldantes", " 8 mulheres" e outros.
Ozon não se define como um cineasta de gênero. Ele mistura vários estilos e longuagens: musical, teatro, realismo fantástico. Essa é a sua fonte.
Em " Ricky", uma trabalhadora de uma fábrica (Alexandra Lanmy), pobre e suburbana, mãe solteira, conhece um imigrante (Sergi Lopez) , também funcionário, e ambos se apaixonam. Ele vai morar com ela em sua casa, e acabam tendo um filho. Vivem momentos de felicidade, até que de repente, esse bebê vai se revelando algo muito especial. Ao mesmo tempo, a relação do casal vai se deteriorando,
O filme é daqueles que ou a gente ama, ou odeia. Não tem meio termo. O espectador precisa entrar no clima da fantasia proposta por Ozon, ou tudo parecerá muito tosco e risível. Como todas as críticas já falam sobre o segredo do menino, comentarei aqui também. Ricky é uma criança que possui asas, que vão crescendo aos poucos, até se formarem por completo e ele voar de vez e abandonar aquele lar. A mãe, desesperada, procura guardar o segredo de todos, mas a imprensa já descobre e vai atrás do menino.
Como assimilar uma história fortemente realista, que do nada, dá uma virada na narrativa e se transforma em um conto de fábulas? Esse é um desafio que pertence a casa espectador. Quando eu assisti, muitas pessoas saíram do cinema fazendo comentários negativos sobre o filme, de que não entraram na onda da narrativa, que acharam tosco e bizarro.
O cinema de Ozon é assim, surpreendente. Goste-se ou não, ele está sempre em busca de novas formas de contar uma história.
Nota: 7
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