sábado, 7 de junho de 2014
Um bairro distante
'Quartier lointain", de Sam Garbarski (2010)
Garbarski é diretor do extraordinário "Irina Palm", filme primoroso com uma atuação antológica de Marianne Faithfull.
Em "Um bairro distante", ele trouxe para as telas a adaptação do mangá japonês "A distant neighborhood", de Jiro Taniguchi. Logo no inicio, percebi que o filme é uma espécie de "Peggy Sue", filme de Coppola com Kathleen Turner, versão francesa.
Thomas é um homem no alto de seus 50 anos, oprimido por um casamento sem amor. Sua espoa não leh dá atenção, idem suas duas filhas. Quadrinista outrora famoso, mas atualmente sem inspiração, ele é convidado para um evento de livros em uma região da França. Na volta, ele dorme e pega o trem que lhe levará até a sua cidade de infância. Ele resolve saltar e visitar o túmulo de sua mãe. De repente, ele passa mal e quando acorda, descobre que está com o corpo de Thomas de 14 anos, e de volta aos anos 60, mas com a mentalidade do Thomas de 50 anos.
Ele agora tem a chance de reverter o infortúnio de sua família: seu pai abandonou a família no dia do aniversário dele, e nunca mais voltou, fazendo com que sua mãe perdesse a razão de viver.
Esse filme é lindo demais, amo filmes nostálgicos. Que fotografia, que trilha sonora soberba, que figurinos. O filme me remete a "O pequeno Nicolau", por conta daquele saboroso clima de filme antigo, com personagens amáveis, tristes melancólicos, que nos fazem pensar sobre vida e morte, felicidade e depressão. Vibrei o filme todo, fiquei triste, e que beleza a cena final na estação de trem. Elenco maravilhoso, chorei muito muito.
Para as pessoas de coração mole e que acreditam que sim, podemos mudar nossas vidas. Altamente recomendado.
Nota: 9
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