quinta-feira, 8 de maio de 2014
O Grande Hotel Budapeste
"The great Budapest Hotel", de Wes Anderson (2014)
Seguramente o melhor filme de Wes Anderson. O que não é pouco. Durante os 100 minutos de projeção, eu fiquei o tempo todo, a cada segundo, pensando : "Caralho", "Puta que o pariu", "Que foda!". A muito, muito tempo, eu não via um filme pensado por fotograma. Cada frame desse filme é uma obra de arte. A direção de arte, a fotografia, maquiagem, figurino, composição de enquadramento, movimentação de câmera, trilha sonora ( de arrepiar, de Alexandre Desplat). E eu toda hora: "CARALHO!!". É realmente algo de impressionante! Esse filme deveria ser exibido em algum museu de arte na Europa e ser qualificado como obra de arte. Um luxo e sofisticação raramente visto no cinema. Um filme pra ser visto em tela grande e som surround (recado para os baixadores de filme).
Outro item que me deixou também boquiaberto o tempo todo, é o gigantesco e poderoso elenco do filme. Praticamente todos os atores que trabalharam com Wes Anderson estão aqui: Bill Murray, Edward Norton, Jason Schwartzman , Owen Wilson, e acrescente Jude Law, Ralph Fiennes, Tilda Swinton (Irreconhecível!), Saoirse Rosnan, Willen Dafoe, Jeff Goldblum, Adrien Brody, Harvey Keitel, F. Murray Abraham, Mathiew Almaric, Lea Sedoux ( De "Azul é a cor mais quente"), Tom Wilkinson, e muitos outros, além do fantástico Tony Revolori no papel do jovem Zero, antológico.
O roteiro é baseado em escritos de Stefan Zweig. Narra a história de um famoso hotel, Grand Hotel Budapest, situado nas montanhas de um País fictício chamado Zubrowka. Nos anos 30, ele era o Hotel mais famoso e disputado por milionários. Muito da fama veio por conta de seu concierge, Monieur Gustave (Ralph Fiennes). sempre elegante, na verdade, um grande comedor das senhoras loiras e ricas. Ele conhece o bell boy Zero, com quem ele formará uma dupla inseparável. Um dia, Gustave recebe um anúncio de um testamento de uma das hóspedes que faleceu, e descobre que herdou um quadro valioso. Porém, ele é acusado de ter assassinado a senhora e precisa provar a sua inocência.
O filme se passa em 3 épocas: anos 30, 60 e atual. É uma história dinâmica, que pela primeira vez em um filme de Wes Anderson, não cansa pelos excessos da produção visual.
ë bem provável que o filme jamais ganhe nenhum prêmio técnico, o que seria um absurdo. Fico imaginando o imenso trabalho que Anderson e sua equipe teve em filmar esse longa milimetricamente orquestrado, em todos os mínimos detalhes. não há um único elemento sequer fora do lugar. Brincando com gêneros (Comédia, filme de guerra, romance, drama, suspense), Anderson faz aqui a sua assinatura para a eternidade. O fotógrafo Robert D. Yeoman é o fiel escudeiro de Anderson, e aqui ele também atinge o seu ápice criativo.
Nota: 10
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Por acaso caí no seu blog outro dia e já saí com umas 10 ou 12 indicações de filmes aqui, Hsu. Curti demais seu espaço! Tô louco pra ver esse do Wes... parabéns pelo blog! Abraço!
ResponderExcluirEstou nesse filme agora dentro do elevador vermelho!!!
ResponderExcluirvoltando a ele em 3... 2... 1