" Dirch/A funny man", de Martin P. Zandvliet (2011)
O filme dinamarquês é uma biografia do comediante Dirch Passer, um dos mais famosos na Dinamarca, que imperou soberano nos anos 60 e 70, tendo feito mais de 200 apresentações em shows ao vivo, e mais de 30 filmes. Ao longo de sua carreira, ele se envolveu com mulheres, bebida, fama. Mas entrou numa crise existencial: Dirch sonhava em largar a comédia, e tentar fazer drama, para receber o reconhecimento da crítica. Chegou a montar " De ratos e homens", de Steimberg, mas o seu público reagiu mal.
Bom drama, que tem uma primeira metade muito boa, mas que daí em diante, descamba para um melodrama e para fantasia que fazem com que o filme perca interesse. De qualquer forma a grande força do filme está presente no excelente elenco: Nikolaj Lie Kass está estupendo no papel principal; Lars Ranthe, no papel do seu parceiro de trabalho Kjeld, também esta memorável. A direção de arte, fotografia, maquiagem e figurino reconstituem muito bem a época. O filme é longo, e falta ritmo. No meio do filme sentimos uma barriga, e quando o filme apela pra fantasia ( aparição de um espírito) o filme desanda. Mas no geral, vale como curiosidade de se conhecer uma história trágica de um artista que busca o reconhecimento do público e crítica e não conseguiu. Me fez lembrar bastante a carreira de Jim Carrey. O filme é bem previsível.
Nota: 7
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