segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Medianeras- Buenos Aires da era do amor digital


" Medianeras", de Gustavo Taretto (2011)

Martin e Mariana não se conhecem. Ambos são jovens, independentes, bonitos, e são vizinhos de rua. Martin é construtor de sites, e Mariana é arquiteta, porém vive de fazer vitrines de lojas de grifes chiques. O que os une é que ambos são solitários e melancólicos, e viveram relações desastrosas no passado. Devido a essas relações, ambos se bloquearam perante novas possibilidades de relacionamento, se enclausurando dentro de suas casas.
Delicado e emocionante filme argentino, muito bem dirigido por Gustavo Taretto. O casal de protagonistas, Javier Drolas e Pilar Lópes de Ayala cumprem com louvor a árdua tarefa de personificar personagens tão tristes e loosers. A fotografia é linda, e o roteiro, muito bem estruturado. O filme lembra um pouco " Amelie Poulain" e " 500 dias com ela". Lá pelo meio da narrativa , Gustavo estende demais a história da passeadora de cães que começa a namorar Martin. Mostrar ela como tendo uma relaçaõ lésbica é desnecessário. O filme tem uns 20 minutos a mais. Curioso saber que o filme deriva de um curta do próprio diretor, e que resolveu esticá-lo como um longa-metragem. Daí talvez a sensação de que o filme ficou mais longo do que deveria. de qualquer forma, é um ótimo entretenimento: divertido, sentimental, belo. Um filme de cinéfilo, com várias referências pop. É fácil imaginar uma refilmagem americana, tem tudo a ver.

Nota: 8

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