quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Todos nós desconhecidos

"All of us strangers", de Andrew Haigh (2023) O melhor do filme escrito e dirigido por Andrew Heigh é a sua trilha sonora, recheada de clássicos pop dos anos 80 ingleses: Build- The housemartins, Always on my mind Pet shop boys, The Power of love- Frankie goes to Hollywood, Love my way, The Psychodelic furs, Jonny come home, fine young cannibals, entre outros. Andrew Heigh é conhecido pelo público gay pelos seus cults "Weekend" e a série e filme "Looking". Com "All of us strangers", o filme recebeu dezenas de prêmios e quase 100 participações em festivais de cinema. Tanta honraria se deve a um time de atores talentosíssimos: são 4 atores no filme: Adam (Andrew Scott), Harry (Paul Mescal), pai de Adam (Jamie Bell) e e mãe de Adam (Clayre Fox). O filme mescla elementos queer, do sobrenatural e realismo fantástico com elementos de Bergman, principalmente "Morangos silvestres". Em Londres, o escritor Adam mora sozinho em um prédio. Um vizinho bate em sua porta,, Harry, pedindo para entrar e conversar, mas Adam diz não ser possível. No dia seguinte, Adam decide ir para a casa de seus pais no campo. Ele conversa com eles. Ao retornar para o prédio, Adam encontra Harry e aos poucos, ambos passam a se relacionar. O filme lida com a questão da solidão nas grandes cidades e da depressão, principalmente na comunidade queer. Andrew Heigh escreve seus próprios roteiros, mas aqui ele se baseou no romance escrito pelo japonês Taichi Yamada , 'Strangers". Os atores estão ótimos, é um filme delicado, mas de ritmo bastante lento e contemplativo. Confesso que não sei se curti os elementos sobrenaturais, principalmente o desfecho onde descobrimos as habilidades de Adam. Mas pelos atores, pela trilha sonora e por tocar em importantes temas, o filme vale a pena ser visto. E claro, tem Paul Mescal, um dos grandes atores da nova geração e um colírio para os olhos.

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