segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Meu amigo robô

"Robot dreams", de Pablo Berger (2023) Pablo Berger é um cineasta espanhol, realizador dos cults "Blancanieves" e "Torremolinos 73". Ele lança a sua primeira animação em longa-metragem, exibido com sucesso em Cannes e vencedor dos prêmios de melhor filme em Annecy, Sitges e outros importantes eventos. O filme é uma co-produção Espanha e França, e traz uma história absolutamente melancólica, que lembra muito o tom de "Mary e Max, uma amizade diferente", também ambientada em Nova York dos anos 80 e com protagonistas solitários. Na cidade de Nova York dos anos 1980, Dog, uma figura solitária, compra e monta um robô para ser seu companheiro e eles se tornam melhores amigos. Em um passeio no Dia do Trabalho em Coney Island, as peças de metal do artefato enferrujam e ele não consegue mais se mover. O parque de Coney Island é fechado pro inverno e Dog terá que aguardar 1 ano para poder reaver seu amigo. O filme segue paralelamente as vidas de Dog e Robô, em tom cada vez mais triste e arrebatador. O desfecho é das cenas mais arrebatadoramente melancólicas que vi recentemente, saí do cinema profundamente deprimido. Com uma trilha sonora que faz variações do clássico 'September", do Earth, wind and fire, "Meu amigo robô" poderia facilmente ser um episódio live action de "Black mirror". Mas os traços da animação, em desenhos vintages típicos dos anos 70, trazem uma nostalgia de fazer os adultos se apaixonarem pelos personagens, e as crianças certamente torcer por um happy end.

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