Nyad

"Nyad", de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi (2023) Os documentaristas Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi venceram o Oscar da categoria em 2019 com "Free solo", e agora estréiam na direção de ficção com "Nyad", sobre a esportista da natação Diana Nyad. O filme me tirou litros de lágrimas ao final, e os diretores são bons nisso: em todos os seus documentários, especialmente "the rescue", sobre o resgate dos meninos na Tailândia, são repletos de emoção e de superação física. O filme conta a história da nadadora americana Diana Nyad, que ficou famosa no mundo inteiro ao atravessar a costa de Cuba até a Flórida em 52 horas e 54 minutos, aos 63 anos de idade, quando ninguém acreditava nela, atacada por etarismo. Ela já havia ganho fama ao atravessar a Ilha de Manhattan em 1975, mas seu sonho sempre foi fazer essa travessia de Cuba até Flórida, considerada perigosa pela quantidade de tubarões, águas vivas, tempestades e correntezas. Ela tantou por 5 vezes essa travessia, e finalmente a alcançou em 2013. Nyad é interpretada por Annete Bening, esplêndida no papel. Ela já merecia um Oscar há tempos, infelizmente não será aqui que ela irá ganhar, mas merecia pelo menos uma indicação. O desfecho é de arrancar litros de lágrimas. Jodie Foster interpreta sua melhor amiga e treinadora Bonnie Stoll. O início, ao som de 'Sound of silence", de Simon and Garfunkel, já emociona. O fuilme em si é bem padrão, trazendo momentos de sua infância e adolescência. Mas é justamente o embate entre essas duas grandes atrizes veteranas o grande aperitivo do filme.