sábado, 14 de outubro de 2023

Um fim de semana em Gaza

'A Gaza weekend", de Basil Khalil (2022) Fiquei de queixo caído com a ousadia e a coragem do cineasta e jornalista britânico palestino Basil Khalil em escrever e dirigir uma comédia de humor ácido baseada no conflito entre Israel e Palestina. O filme foi lançado em 2022 e venceu o Prêmio da crítica internacional no Fetsival de Toronto 2022. Agora em pleno outubro de 2023, com o evento que culminou no conflito entre Israel e Hamas, sediado em Gaza, não consigo ver ao filme sme pensar que hoje em dia, seria impossível rodar o filme e muuto menos brincar com os dois lados da guerra. Basil Khalil foi indicado ao Oscar de curta ficçào em 2015 com o iconoclasta 'Ave Maria". Agora, ele vai aléme, e aind apremonitório, escreveu o roteiro antes do advento da pandemia do covid. Por uma fala na segurança em um laboratório de biomedicina em Israel, um vírus mortal escapa e contamina toda Israel. Pela ironia do detsino, o único lugar seguro é a Faixa de Gaza, justamente por ser uma região onde a circulação é estremamente controlada por Israel. Um jornalista britânico, casado com uma isrealense, Michael e Karen, fogem para Gaza, com a ajuda de um contrabandista. Eles se escondem no porão de um casal de vigaristas, Emad e Waheed, que os enganam, em troca de dinheiro. Apolícia palestina decsobre que um israelense furou o cerco e decidem ir atrás dele. Emad e Wahhed tentam fazer com que o casal atravessa a fronteira para o Egito. Incrível pensar que desde 2005, Israel controle Gaza em todos os níveis: controle da água, dos produtos comercializados, etc. O filme obviamente faz essa ironia da inversão de valores. Inicialmente rodado em Haifa, Israel, mas com a covid a produção teve que interromper as filmagens, recuperando em 2021, mas filmando na Jordânia. O filme apresenta os palestinos residentes em gaza como pessoas ora felizes, ora batalhadores, mas sem as dimensões trágicas comumente vistas em filmes que registram o conflito. Talvez pela aparente normalidade da vida em gaza apresentada no filme, apenas sacudida com o advento do vírus, o filme mereça aplausos,e novamente, pela coragem do diretor. Os atores são todos excelentes e é curioso ver como o filme faz graça de algo tão brutal, me fazendo lembrar às vezes de "A vida é bela", de Roberto Benigni.

Nenhum comentário:

Postar um comentário