terça-feira, 31 de outubro de 2023

Devorado vivo

"Eaten alive", de Tobe Hooper (1976) Eleito pelo cineasta Quentin Tarantino um dos 10 melhores filmes de terror de todos os tempos, 'Devorado vivo" é dirigido por Tobe Hooper, e foi lançado 2 anos após sua obra-prima "O massacre da serra elétrica", de 1974. Tobe Hooper sabia como ninguém como criar ambientes sádicos, tensos, apresentando os vilões mais pitoresccos e brutais do cinema. O visual do filme tem uma atmosfera de eterno pesadelo lúdico: o hotel e o pântano foram todos recriados em estúdio, ao invés de locação, e assim a fotografia e movimentos de câmera foram possíveis dando um tom de conto de fadas macabro. Não à tôa, os cults modernos "X"e "Pearl" o usam como referência: um sádico assassino , dono de hotel no Texas (aonde mais???) cria um crocodilo gigante em seu pântano, e o alimenta com seus hóspedes. Não bastasse o crocodilo, Judd ainda usa um enorme foice e um tridente para matar as vítimas, antes de jogá-las pro bichano. O filme tem uma narrativa maldita, obscura, underground. É um terror adulto, com muita nudez e insinuações de sexo e estupro. Logo na 1a cena, em um bordel,um cliente quer obrigar uma prostituta a fazer sexo anal, o que ela não tiopa. Ao se refugiar no hotel, a pobre prostituta vira comida do bichano. Outros personagens vão surgindo, tornando tudo muito bizarro e doentio. Robert Englund, o eterno Freddy Krugger, é o tal cliente adepto do anal, aqui jovem e com corpo definido. O restante do elenco apresenta tipos que Fellini iria amar em eus filmes. O crocodilo, para um filme B, até que tem seus momentos, mas o grande astro aqui é de fato ao Hotel e o pântano no estúdio, uma proeza visual que entendo totalmente serem inspiração para Tarantino. Um filme mega cult.

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