segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Sweet Sweetback's Baadasssss Song

"Sweet Sweetback's Baadasssss Song", de Melvin Van Peebles (1971) Clássico do cinema independente americano, "Sweet Sweetback's Baadasssss Song" é o primeiro filme "Blackexploitation" da história, sendo seguido por "The shaft" no mesmo ano. O filme foi rodado em 1970, mas lançado em 1971. O filme, por conta de sua importância para a história do cinema e pelo valor histórico e cultural, foi lançado pelo Selo criterion e incluído em 2020 no National Film Registry by the Library of Congress. Também está incluído no livro "1001 filmes para ver antes de morrer". A maior polêmica do filme reside na cena de abertura: o filho de Melvin Van Peebles, Mario Peebles, que na época da filmagem tinha 13 anos, interpreta Sweetback na adolescência e tem uma ousada cena onde ele, totalmente nú, faz sexo com uma prostituta. Fica difícil imaginar um filme atual reproduzir a mesma cena com um ator da mesma idade. Essa cena foi censurada em versão dvd. Nenhum estúdio de Hollywood quiz apoiar apoiar o filme, com um elenco majoritariamente negro. Melvin fez um emprétsimo de 50 mil dólares com Bill Cosby e o filme tornou'se um enorme sucesso, arrecadando 15 milhões de dólares. Melvin protagoniza e também é produtor, diretor, roteirista, compositor e editor. Meilvin é Sweetback, criado em um prostíbulo nos anos 40. Ele perde a virgindade ainda criança com uma prostituta e devido ao tamanho do seu pênis e de sua vitalidade, ele se torna atração no local, fazendo sexo ao vivo. O clube é invadido pela polícia e Sweetback levado para interrogatórion pelos policiais brancos racistas. No caminho, ele presencia a polícia espancar um negro do Panteras negras. Ele revida, espanca o policial e foge. A partir daí, o filme se torna uma caçada por Sweetback nas ruas, chegando até a fronteira do México. Revolucionário em sua linguagem, com cortes bruscos, mistura de linguagem documental, trilha sonora lisérgica e muito experimentalismo, o filme encantou a comunidade negra, que a partir daí, passou a consumir filmes feitos por e para os afro americanos, surgindo o cinema "blackexploitation", onde drama, ação, policial e muito sexo ditavam as regras. O filme objetifica o corpo negro, mas certamente se fosse um diretor branco, o barulho seria muito maior.

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