quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Jogo justo

"Fair play", de Chloe Domont (2023) O filme é vendido como um thriller erótico, mas de erótico não tem absolutamente nada, fora uma ou outra cena mais do que pudica de pega pega. O jovem e bonito casal Emily (Phoebe Dynevor) e Luka (Alden Ehrenreich) trabalham em uma alta empresa de aplicação financeira. Eles namoram escondido, sem que ninguém da empresa saiba. Quando um funcionário do alto escalão é demitido, Luke tem a certeza de que assumirá o posto. Mas para sua surpresa, Emily pega o posto. Em princípio orgulhoso, logo Luke mostra-se um psicopata, criando um relacionamento tóxico e abusivo contra Emily, a quem acusa de ter se promovido através de jogo de sensualidade com o chefe da empresa. Todos as pautas femninistas estão no filme: gaslight, mansplanning, misoginia, relacionamento tóxico e abusivo, estupro. O elenco principal, acrescido do excelente ator inglês Eddie Marsan, cumprem com louvor seus respectivos personagens. O filme se estica mais do que precisa, mas ter um filme escrito, dirigido e protagonizado por mulheres para falarem do risco que sofrem em suas rotinas pessoais e profissionais é um grande alento e alerta para toda a sociedade.

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