segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
Os sem esperança
"Szegénylegények", de Miklós Jancsó (1966)
Clássico do cinema húngaro, contando em muitas listas de críticos como entre os 10 melhores filmes já realizados pelo país. O cienasta Bela Taar considera o filme entre os 10 melhores da história.
"Os sem esperança" parte de um contexto histórico: Na Hungria, o movimento autonomista, liderado pelo advogado Luís Kossuth e que proclamou a república em 1849, é esmagado pela Áustria, a qual retoma sua hegemonia. A fim de exterminar a guerrilha que ainda persiste, ligada à tropa de Sandor, o exército austríaco prende suspeitos em um forte isolado no meio do deserto, onde a fuga é impossível. Um dos prisioneiros, Gadjar János (János Görbe), é forçado, para escapar da pena de morte, a denunciar seus colegas, identificando os líderes separatistas presentes entre eles. Janos é considerado um traidor enttre os seus compatriotas. O exército austríaco está em busca do líder Sándor Rózsa, mas ninguém está disposto a entregá-lo.
Com uma trabalho de câmera e fotografia em preto e branco de Tamás Somló absolutamente extraordinário, com composições de quadro que críticios citaram como o "Bursby Berkeley" húngaro. São lindas cenas, tendo como pano de fundo os horrores da guerra e pior: a delação e traição de colegas. O preto e branco e a ausência de trilha sonora tornam tudo mais angustainte. Um roteiro simples, mas dirigido com rigor e imagens fortes.
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