Bem vinda à Quixeramobim

"Bem vinda à Quixeramobim", de Halder Gomes (2022) Comédia dirigida pelo mesmo realizador de "Cine Holiudi", "Bem vinda à Quixeramobim" traz os temas do Brasil político e corrupto fazendo contraste entre a grande metrópole de São Paulo com o pequeno mucicípio de Quixeramobim, no Ceará. Esse contraste já é um prato pronto para Halder fazer as suas já conhecidas piadas regionais, mostrando o olhar de uma influencer dondoca, Aimeé (Monique Alfradique" ao se deparar com um Brasil da caatinga, provinciana, com dialeto próprio e onde ela precisa de adaptar. Esse olhar da cidade grande poderia ser acusado de xenofobia, mas sob a batuta de Halder, se torna uma forma de explorar e divulgar uma cultura extremamente rica do Nordeste para o restante do país. Aimée segue para Quixeramobim após seu pai corrupto ser preso pela polícia em São Paulo. Sem dinheiro, a única chance de AImeé é tentar vender uma casa que sua mãe, já falecida, possui na região. Mas ela descobre que Alan (Edmilson Filho) faz uso da casa. Aimeé faz de tudo então para tirar o invasor, contando com a ajuda d euma trupe muito doida de uma pousada misto de cabaré, comandando por mulheres e por um gay hilário vivido por Max Petterson. O filme lá pelo meio se torna mais dramático e muda de foco, se tornando um filme de contexto ecológico, nos moldes de Erin Brokovich. O que o filme tem de melhor é seu excelente elenco formado por atores cearenses, que incluem Araci Brackenfeld, Chandelly Braz, Silvero Pereira, Valeria Vitoriano, Roberta Wermont, Falcão, Matheus Honori, entre outros. A trilha sonora também é uma delícia.