Farha

"Farha", de Darin J. Sallam (2021) Premiado drama da Jordânia, e indicado pelao país a uma vaga ao Oscar de filme internacional 2023. O filme é baseado em trágica história real, aravés do olhar da jovem Raddiyeh, que fugiu de seu vilarejo na Palestina e foi para a Síria. Ela conheceu a mãe da diretora e roteirista Darin J. Sallam, que decidiu escrever a história. O filme tem como pano de fundo a Nakba (catástrofe, em palestino), quando em 1948, 700 mil palestinianos foram arrancados das suas casas para dar lugar ao primeiro território de Israel, que declarou a sua independência. No lançamento do filme, Israeal tentou impedir a sua exibição em diversos festivais, provocando polêmica com a Palestina. Em um vilarejo da PAlestina em 1948, Farha, uma menina de 14 anos, sonha em ir à escola na cidade com sua amiga Farida, mas ela sabe que, como é filha de um mukhtar, o chefe da vila, é esperado que ela se case. Fahrar quer estudar e deseja lutar contra a tradição. Seu pai acaba cedendo e lhe concede a ida para a cidade. Mas logo o vilarejo é atacado e bonbardeado por forças israelenses. O pai de Farha a tranca no porão da casa, prometendo voltar assim que puder. Enquanto Farha olha pelas rachaduras e espera pelo pai, ela vê sua vila, que tanto queria sair, ser destruída, testemunhando atrocidades contra os moradores. O filme é bastante cruel, apesar do início ele parecer idílico e poético. Toda a sequ6encia do massacre contra uma família, aos olhos de Farha, é aterrorizante. O filme traz o olhar dos palestinos sobre o evento que deu início ao Estado de Israel, e certamente, irá traezr muitas controvérsias. É chocante. Ponto para o excelente trabalho da atriz Karam Taher no papel título, alternando emoções de forma brilhante.