sexta-feira, 27 de abril de 2018

Kodachrome

"Kodachrome", de Mark Raso (2017) Baseado em um artigo publicado no New York Times em 2010, "Kodachrome" é o típico road movie que fará o espectador chorar litros no final. "For Kodachrome Fans, Road Ends at Photo Lab in Kansas", do jornalista A.G. Sulzberger, falava sobre a peregrinação de vários fotógrafos entusiastas do Kodachrome, negativo elaborado pela Kodak que estava completando 75 anos de existência. Para infelicidade de todos, com o advento da câmera digital, os laboratórios passaram a encerrar as suas atividades de relevação do filme. A Dwayne’s Photo, em Parsons, Kansas, o último laboratório no mundo, resolveu encerrar as atividades em uma data de 2010. Com a noticia, centenas de fotógrafos migraram para lá para revelarem seus últimos rolos de filme. O roteirista Jonathan Tropper pegou esse mote sensacional e escreveu a história da relação desgastada de um pai fotógrafo, ausente a vida toda do filho por conta de sua profissão, e do filho, um agente musical, prestes a perder o emprego. Matt (Jason Sudeikis), no alto de seus 30 anos, está perdido na vida, quando surge Zoe (Elizabeth Olsen), a secretária e enfermeira de Ben (Ed Harris), pai de Matt. Ela vem com um pedido de Ben: que Matt o leve de carro até Kansas para revelar seus últimos rolos de negativo Kodachrome. Mas ele quer que seja de carro. Matt recusa, pois odeia o pai que o abandonou. Mas Zoe insiste, pois revela que Ben está morrendo de câncer terminal, e agora será a hora dos dois reatarem suas diferenças. Emocionante, e fazendo uma homenagem `a nostalgia da era da fotografia, o filme encanta pela história simples mas bem narrada, apesar de todos os clichês de filmes "feel good movie" sobre redenção de personagens. Trilha sonora fofa, fotografia rodada em 35 mm, e ótima performances. O desfecho é mais do que óbvio, mas tudo bem, é um filme feito apenas para esquentar corações endurecidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário