sábado, 28 de abril de 2018

Antes que tudo desapareça

"Sanpo suru shinryakusha", de Kiyoshi Kurosawa (2017) Exibido em Cannes na Mostra Um Certo Olhar em 2017, "Antes que tudo desapareça" foi dirigido pelo mesmo realizador dos cults de suspense japoneses "Pulse" e "Creepy". O filme é uma metáfora sobre a desilusão em relação `a humanidade. Cada vez mais egoísta, violenta, sem amor nem paixão perante um familiar, amigo ou a pessoa amada. Diante disso, Kurosawa cria uma fábula de ficção cientifica sobre uma invasão alienígena que está prestes a acontecer na Terra. 3 aliens são enviados ao Japão para estudar o ser humano e depois disso, eliminá-lo. No entanto, eles acabam se separando. O filme acompanha 3 historias, sendo que a de Narumi, uma designer gráfica, que prevalece. Ela é casada com Shinji, mas estranha o comportamento dele, totalmente apático. Na verdade, um dos alienígenas se apossou do corpo dele e busca estudar as emoções humanas. Criativo e ousado, Kurosawa aposta em um filme que mescla vários gêneros. Ele tem culhão o suficiente para apostar em cenas que poderiam beirar o ridículo, mas o trabalho dos atores e a sua direção impedem que isso aconteça. Assim como em "Creepy", Kurosawa estica o tempo do seu filme. Desnecessário dizer que o filme, com 2:07 horas, poderia ter pelo menos 20 minutos cortados na sala de montagem.

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