segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Mulher molhada ao vento

Kaze ni nureta onna", de Akihiko Shiota (2016) O que mais me impressiona sobre esse filme, é ter sido selecionado para o prestigiado festival de Locarno em 2016. "Mulher molhada ao vento" faz parte de um projeto de 5 longas produzidos pela Produtora Nikkatsu, que no período de 1971 até o final dos anos 80 produziu mais de 1000 filme soft porn, chamados de "Roman porno". Nessa releitura moderna, foram convidados vários Cineastas famosos japoneses, que trouxeram uma aura cult aos filmes. Assim como os filmes originais, foi elaborado um Dogma com regras que eram seguidas `a risca pelos Diretores: mesmo orçamento, mesmo período de filmagem e principalmente, mulheres nuas e ninfomaníacas. Fosse aqui no Brasil de hoje, esses filmes teriam sido execrados pelos vários grupos que condenam esse olhar erotizado e de objeto sexual que esses filmes ajudaram a propagar ( alguém aí falou nas pornochanchadas?" A história é uma bobagem: um jovem escritor resolve sair de Tokyo e ir morar num vilarejo do interior. Ele fica recluso em uma casa, até que conhece a garçonete Shiori, que se sente atraída por ele e fará de tudo para conquistá-lo. Diferente de " Antoporno", filme de Sion Sono que faz parte do projeto, aqui o cineasta Akihiko Shiota investiu em um tipo de humor ingênuo, alimentado por um erotismo barato e sem qualquer tesão. Saudades de "Império dos Sentidos".

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