sábado, 6 de janeiro de 2018

Abracadabra

"Abracadabra", de Pablo Berger (2017) Diretor de 2 grandes sucessos espanhóis, "De cama para a fama" e " Blanca nieve", o cineasta Pablo Berger escreveu e dirigiu "Abracadabra", que foi um dos finalistas para concorrer ao Oscar estrangeiro 2018 pela Espanha, mas acabou perdendo para "Verão 1993". O filme, assim como as produções anteriores de Pablo Berger, tem um pé no comercial e outro no bizarro. Misturando gêneros ( comédia de humor negro, suspense, drama) que nem sempre funcionam em conjunto, " Abracadabra" tem um olhar nostálgico para os anos 80, através da trilha sonora repleta de hits da época ( "I'm not in love", " Abracadabra") e de ícones (Farrah Fawcet, Pac Man) A história é estranha: um casal, Carmen (Maribel Verdú, musa de Pablo Berger) e Carlos (Antonio de la Torre) moram com sua filha adolescente em um bairro de classe média. Carlos é machista e viciado em futebol. Durante a cerimonia de casamento do sobrinho de Carmen, Carlos se torna voluntário de um hipnotizador durante a festa de casamento. Sem saber, o espírito de um serial killer 'baixa" em Carlos. Carmen fará de tudo para expulsar o espírito. O filme fez grande sucesso na Espanha, e une grande atores do cinema espanhol, tanto nos protagonistas, quanto no elenco de apoio. Infelizmente, a mistura de gêneros e a história não funcionam muito bem. O filme tem alguns poucos momentos divertidos e interessantes, de resto tudo é bastante over ( por ex, a cena do corretor comentando os assassinatos no apartamento alugado). Fico imaginando o Cineasta Alex de la Iglesia, um expert em filmes bizarros, dirigindo esse filme. teria sido bem mais interessante. O desfecho, no universo paralelo, é estranho, muito estranho. Acaba que no final das contas, o filme é um libelo das mulheres contra a ignorância e violência dos homens.

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