quinta-feira, 24 de abril de 2014

Amazon forever: A idade da inocência

" Amazon forever: L'age du inocence", de Jean-Pierre Dutilleux (2004) A tempos eu não ria tanto vendo um filme ruim. Baseado em história real, o filme narra a epopéia de um jovem cineasta francês ( alter-ego do próprio diretor do filme), que vem pro Brasil filmar a cerimônia do Kuarup. Chegando na Amazônia, ele se apaixona de cara pela filha do cacique, além de se envolver na questão do desmatamento da floresta. Motivado a querer salvara Floresta, o jovem cineasta monta uma ONG em Paris, para salvar a floresta. O cineasta Jean-Pierre Dutilleux jé veio ao Brasil filmar em 79 o documentário "Raoni", de onde tirou a inspiração para esse filme aqui, e de onde veio todo o seu engajamento. Indeciso entre qual linguagem utilizar, o filme fica um misto de documentário e ficção. A parte ficcional é um desastre completo. Misturando atores e índios de verdade, fica nítida a diferença cultural. A filha do cacique é uma modelo que em momento algum passa por índia. O jovem ator Aurelien Wilk, no papel do cineasta, é ruim de dar dó. O único apelo dele pro filme é aparecer nú, deve ter feito muito sucesso lá fora. O elenco brasileiro é vergonhoso (José Steimberg, Murilo Elbas, Rodrigo Penna), com certeza em suas piores performances. Apesar de toda a boa intenção com o tema do desmatamento, o filme parece pretexto para mostrar índias nuas e se falar muita sacanagem, afinal, as únicas coisas que as índias falam durante o filme todo é comentar o tamanho do pau de todo mundo. O filme também exagera no pastelão, que em nada combina com o filme. O personagem de Rodrigo Penna só falta levar torta na cara. Um dos momentos mais toscos do filme, é quando o cacique vem pro Rio de Janeiro, atrás do cineasta, pedir ajuda. Ele anda pela praia de Copacabana, Corcovado, Vidigal, Quadra de escola de samba..e claro, no final, todo mundo samba!!! Confesso que ri muito! A trilha sonora é de Stewart Copeland, ex-integrante do "The Police". Esse clássico do trash tem seu lugar no Panteão das grandes comédias involuntárias. O mais curioso é ver tanto colega de cinema com os nomes nos créditos. Morri de rir. Nota: 3

Um comentário:

  1. Me interessei pelo filme. Gostaria de saber onde posso encontrar ele online?

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